sexta-feira, 23 de maio de 2008

Das origens de uma sociedade desigualitária

E-Ko: "mas nesta questão não está a ver bem o que realmente se passa!..."
Uma vez mais, a E-Ko acha que eu não estou a perceber o que se passa! Desta vez, a propósito das desigualdades da sociedade portuguesa, apontei um dos aspectos que, em meu entender, é uma das principais causas explicativas das desigualdades sociais e económicas de Portugal: o miserabilismo do actual Sistema de Ensino. Uma vez mais, fui acusado de não estar a ver bem. Eu, no fundo, não percebo mesmo nada destas coisas.
Sucede que os jornalistas portugueses foram falar com os responsáveis da União Europeia pela realização do Estudo em causa e que disseram eles? Que Portugal falhou clamorosa e estrondosamente no seu Sistema de Ensino.
Quando nos focamos num problema, há que ver para além do que temos à nossa frente. É preciso ver mais além do problema tal qual ele se nos apresenta aos nossos olhos. Já sabemos que temos uma sociedade desigualitária. E as causas, as origens, os fundamentos e as razões que explicam esse desigualitarismo? Onde estão?
Parece que, uma vez mais, os peritos que realizaram o estudo da UE estão de acordo comigo: falência total das políticas educativas. Durante estas últimas décadas, Portugal entregou a Educação nas mãos de uns "peritos e experts", ideologicamente marcados à Esquerda, que (des)construíram, paulativamente, um Sistema Educativo baseado no laxismo, na indiferença, na desresponsabilização, na falta de rigor e de exigência, no facilitismo, no deixa-andar, na redução da autoridade do professor e da escola, fazendo deste nosso Sistema Educativo um mero sistema destinado a produzir diplomas, certificados e, principalmente, estatísticas.
Países como Espanha, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, etc., têm um sistema partidário onde as alternativas se têm feito, ao longo de décadas, entre soluções de Centro-Esquerda e soluções de Centro-Direita. Nas últimas décadas Portugal limitou-se a apostar em mais do mesmo, pensando que estava a apostar em algo de substancialmente diferente: PS e PSD são partidos de raiz social-democrata e ambos são responsáveis directos pelo estado do actual Sistema Educativo.
A E-Ko está preocupada com o que se passa. Eu também! Mas estou mais preocupado com as origens do problema. Enquanto olharmos apenas para o problema, sem discutirmos as suas causas e, principalmente, sem as entendermos, vamos limitar-nos a barafustar contra a situação.

21 comentários:

e-ko disse...

não, não é só da má gestão do ensino que vem todo o problema... longe disso! e nestas questões de ensino há muito ainda a dizer e a questão não é pacífica... tanto os governantes,como os "pedagogos" instalados, como os próprios professores (nem todos, mas ao longo de décadas o que se destacou foi a defesa de condições de remunerações e carreiras e nunca a denúncia da degradação do ensino... ou uma reflexão sobre os problemas e em particular sobre as dificuldades escolares de muitos alunos!) têm responsabilidades!

mas há ainda outras razões que não explicam a razão do desemprego ou trabalho precário de quem tem qualificações mais do que necessárias para desempenhar os postos que lhes são propostos...

nos anos sessenta, os portugueses semi ou analfabetos que emigravam para a Europa ou Américas, desempenhavam mais do que satisfatóriamente os lugares que lhes eram propostos e muitos tiveram oportunidade de progredir nas suas vidas profissionais com alguma formação profissional e muitos tornaram-se pequenos empresários bem sucedidos... enquanto os empresários deste país não só muitos são campeões da fuga fiscal (e nem todos são semi-analfabetos como se sabe) como fazem péssimas gestões dos seus recursos humanos o que tem contribuido de forma decisiva para o aumento de todos os monstros deste país!

Paulo Pedroso disse...

Bem, como eu disse anteriormente, as causas das desigualdades não se explicam apenas pela degradação do sistema educativo. Já disse que há muitas outras razões e causas a ter em conta.

Depois, há que não esquecer que a grande maior parte dos empresários possui uma escolaridade reduzida (pelo menos ao nível das PMEs) e isso também é o resultado da herança salazarista.

O problema é que a Esquerda acha que o mercado de trabalho tem de pagar salários elevados a jovens que mal sabem fazer um cálculo simples ou entabular uma conversa básica numa outra língua qualquer.

A maior parte dos jovens que o nosso sistema de ensino entregou ao mercado de trabalho são incompetentes e pouco produtivos. E não é, certamente, por serem menos inteligentes que os jovens de outros países. Apenas e só porque tiveram o azar de apanhar com um sistema de ensino altamente facilitista. Os resultados estão à vista.

Os erros pagam-se caro quando, em nome de certas ideologias utópicas se esquece por completo a realidade e as necessidades das empresas, que são o motor da economia e são elas que geram riqueza.

A riqueza, para ser distribuída, tem primeiro de ser criada.

E a nossa Esquerda bem que pode limpar as mãos à parede quando decidiu acabar, depois do 25 de Abril, com o Ensino Técnico. Em nome de ideais delirantes, acabaram com as escolas industriais, comerciais, técnicas e profissionais e deram uma machadada profunda nas capacidades de desenvolvimento e crescimento económico de Portugal.

Os resultados estão à vista!

PS: convenhamos que a grande maior parte dos portugueses que emigraram nos anos 60 não tinham qualificações e foram realizar trabalhos pouco exigentes. Nos tempos que correm a estrutura económica é distinta. Deixámos de ter uma estrutura económica marcadamente primária e secundária para ter uma estrutura baseada no sector terciário. E, a nível industrial, as exigências tecnológicas, regulamentares, ambientais, humanas, etc., são hoje muito maiores do que nos anos 60.

e-ko disse...

é muito evocada a questão da herança salazarista e concordo parcialmente... um país como a Espanha, depois da morte de Franco viu um desenvolvimento económico importante nas décadas seguintes e mesmo a República Checa, num outro registo político mas quase equivalente, a seguir à revolução de veludo tem melhorado muito o seu desempenho económico a ponto de já estar a ultrapassar os indicadores económicos portugueses em poucos anos de adesão à UE.

o grande problema é que um modo de raciocínio salazarista ficou na mente de muitos portugueses em geral e na de muitos representantes das classes económicas do burgo!

Paulo Pedroso disse...

Sim, obviamente que a questão também não se explica apenas pela herança salazarista, e o caso espanhol é um bom exemplo para contrapor ao nosso.

Mas, por isso mesmo, é que eu destaco o facto de Portugal ser o únci país da Europa civilizada onde as escolhas políticas, ao longo de décadas, se têm feito à conta do vira-o-disco-e-toca-o-mesmo. PS e PSD são ambos partidos de raiz social-democrata.

Todos os países desenvolvidos chegaram onde chegaram à conta de uma dicotomia política entre soluções claramente social-democratas e soluções claramente da Direita Conservadora.

A Espanha partiu de uma posição semelhante à nossa mas cresceu à conta da sua dicotomia política entre um partido social-democrata (PSOE) e um partido da Direita democrática (PP).

O exemplo da Irlanda é um dos mais flagrantes. Quando entrámos na CEE estávamos no mesmo "grupo" e hoje a Irlanda só ocupa a 5ª posição mundial entre os países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado.

Que soluções políticas foram seguidas pela Irlanda, desde 1986?

Países como Espnha, França, Alemanha ou Reino Unido são o que são graças a uma dialética política fundamental. Foi à conta dessa dicotomia que alcançaram os patamares de desenvolvimento que hoje usufreuem.

Nós, portugueses, vamos continuar a virar-o-disco-e-a-tocar-o-mesmo.

Algém duvida?

e-ko disse...

é vira o disco e toca o mesmo... mas não acredito que as alternativas existentes tivessem feito melhor!

as novas políticas só poderão vir a ser feitas com alternativas ainda não existentes e por uma outra "raça" de políticos que ainda não emergiram ou não tiveram oportunidade de emergir, porque os que nos vão mostrando o nariz também não deixam que isso aconteça, tão obsecados estão com as suas carreiras políticas e ambições de toda a ordem!

Paulo Pedroso disse...

Nessa matéria, como bem sabe, discordamos profundamente.

Nenhum político o é a sério se não for ambicioso. A ambição está no sangue de todo e qualquer político, seja ele de Esquerda ou de Direita.

Sei muito bem que a E-ko tem uma epiderme demasiado sensível a Paulo Portas. Eu não posso dizer o mesmo. Conheço de longe o que seu pensamento político porque o acompanho (apenas na leitura) desde os tempos do Independente.

Uma vez, Helena Sacadura Cabral disse que os seus dois filhos, Paulo e Miguel, estavam a trabalhar para o mesmo objectivo seguindo caminhos diferentes.

Sei muito bem que a E-Ko desconfia da bondade dos políticos do CDS. Eu, falo por mim: acho que Portugal teria ganho imenso se tivesse podido usufruir de uma dicotomia política semelhante à existente nos restantes países da Europa Ocidental.

O CDS foi o único partido a votar contra as nacionalizações e os portugueses tiveram de pagar, durante anos, os prejuízos de muitas empresas nacionalizadas. Isto para além dessas empresas terem perdido, durante anos, competitividade e produtividade, tendo-se atrasado o desenvolvimento da economia portuguesa.

O CDS foi o único partido que lutou contra o desaparaceimento do ensino técnico-profissional em Portugal. Um erro enormíssimo que ainda hoje estamos a pagar.

O CDS tem sido o únido partido a remar contra a maré de definição do actual sistema educativo e os resultados estão claramente à vista: Portugal ficou muito para trás de Espanha e da Irlanda e para trás da Grécia.

Sei muito bem que a E-ko preferia soluções governativas mais à Esquerda, provavelmente mais à Esquerda do PS, ou pelo menos mais à Esquerda do actual PS.

Mas temos de pensar muito bem no que pedimos. Foram vocês, à Esquerda, que pediram as nacionalizações, que desmontaram o ensino técnico e que criaram este sistema de ensino.

Há que pensar numa coisa chamada as "consequências não esperadas ou não desejadas".

e-ko disse...

é muito fácil vir agora dizer que quem está mais indicado para governar este país é o CDS e que os erros de tudo isto vêm da esquerda... só podia vir agora o proselitismo!

que um político tenha de ter alguma ou mesmo muita ambição é evidente... as minhas dúvidas só surgem em relação ao tipo de ambições que os movem... e o Paulo Portas, como outros, já se viu de que género são essas ambições!!!!!

e não venha amalgamar as acusações que pretende fazer ao seu inimigo principal a esquerda de ter ou não feito isto ou aquilo com o que eu possa pensar em matéria de ensino geral ou técnico, política social ou económica e é um abuso!...

Anónimo disse...

Porra,...assim é que eu os gosto de ver,..a darem-se bem, retórica civilizada dos dois lados,...muito bem.
O Pedroso continua um chato do caraças...esperemos que agora deixe a E-KO em paz.....mas desconfio que não,....mas achei piada à conversa de encher chouriços que ambos resolveram produzir....heheheheheheheheheh

Paulo Pedroso disse...

Querido Mugabe,

De ti, todos ficámos a saber que não passas de um reles cobarde.

Não viste as considerações que escreveste sobre um texto do PNUD? Que desaparecimento mais conveniente, não é?

Anónimo disse...

ahahahahahahahahahahah...eu não disse que não demorava muito que ele começasse a espernear ???

heheh...olha não estou a entender nada...o PNUD o quê?? considerações ? quais considerações ? ahahahahahahahahah

Paulo Pedroso disse...

Uma vez mais, as leituras apressadas e despropositadas a que a nossa E-ko já nos vem habituando.

Em 1º lugar, eu não estou aqui a defender que o CDS é o partido mais indicado para governar este país. As leituras primárias ficam para quem não é capaz de entender o óbvio. Eu disse apenas que Portugal estaria hoje muito melhor se tivesse beneficiado de uma dicotomia política semelhante à dos restantes países desenvolvidos. Não se trata de mais CDS ou menos CDS e muito menos de proselitismo. Uma vez mais as interpretações abusivas e ilógicas surgem com muita facilidade.

Foi a própria E-ko que deu o exemplo de Espanha. Eu acrescentei o da Irlanda. Por acaso, esses países foram governados pelas mesmas lógicas governativas que têm sido seguidas em Portugal?

Espanha e Irlanda deram saltos significativos em matéria de rendimento, competitividade e desenvolvimento à conta de quê? Foi por acaso? Saiu-lhes a sorte grande? Nossa Senhora de Fátima esqueceu-se de nós? Terão os deuses maior simpatia pela Irlanda do que por Portugal?

Eu limitei-me a apontar-lhe exemplos claros, bem claros, de erros clamorosos cometidos pela Esquerda: nacionalizações, fim do ensino técnico e construção de um sistema de ensino laxista. É falso? Uma vez mais, vai-me dizer que estes 3 factos são errados? Não reclame pelas desigualdades existentes hoje porque elas são, em grande medida, o resultado das soluções implementadas pela Esquerda.

Quem é que amalgamou o que quer que seja? Que abusos é que eu cometi? Acusei-a a si de ser responsável por alguma coisa? Que abusos cometi eu? Limitei-me a dar exemplos concretos e que, eu saiba, não lhe fiz nenhuma acusação.

Aliás, em matéria de acusações ou de abusos de linguagem, é melhor nem abrir a boca porque não está em condições de se fazer de vítima.

Talvez nos possa informar quais os países que toma por modelos de desenvolvimento, já que acha que as dicotomias políticas mais adequadas à promoção do desenvolvimento económico e social não são aquelas que eu referi???

A grande maior parte dos países desenvolvidos seguem uma ordem política institucionalizada à volta de uma dicotomia entre soluções de Direita e soluções Social-Democratas. Quais são as alternativas que nos quer sugerir?

Faltam-lhe exemplos concretos ou os exemplos de que gosta não são suficientemente bons... quem sabe são exemplos envergonhados?

Eu posso apontar bons exemplos. Quais são os seus? Os países governados pelos Partidos Comunistas? Os países adorados pela sua adorada Odete Santos?

Ah, peço desculpa, e eu a pensar que o proselitismo era um "defeito" exclusivamente meu!

Paulo Pedroso disse...

Querido Mugabe,

Já que estiveste para fora durante uns dias, vai e lê com atenção:

http://thebraganzamothers.blogspot.com/2008/05/so-rosas-senhor-no-so-delrios.html

e-ko disse...

que confusão p'ra aí vai!!! agora a Odete Santos... por quem tenho o maior respeito pelo seu digno trabalho como deputada, mas que não é uma referência política no que me toca... ou então já sabe mais do que eu própria sobre o que penso!

Paulo Pedroso disse...

Ah, que bem E-Ko!

Parece que a expressão que usou ("já sabe mais do que eu própria sobre o que penso!")´, pode aplicar-se muito bem a uma pessoa que interpretou a minha explicação sobre as razões da subida estrutural dos preços do petróleo como sendo a apologia da subida dos preços.

Que bem! Há sempre quem esteja pronto a ver nos outros aquilo que não vê em si próprio.

Quanto às confusões que para aqui vão... ficámos sem saber quais são os países desenvolvidos que considera modelares... se é que os há.

katrina a gotika disse...

A riqueza existe, logo produz-se. Só que fica escandalosamente no bolso de muito poucos. Como é que se justifica que um trabalhador médio ganhe 600 euros num emprego a full time enquanto o administrador da empresa ganha 20 mil? Porque é que os carros e apartamentos topo de gama se vendem melhor que os apartamentos e carros baratos? Sei lá, era preciso um bocadinho de vergonha na cara. Vergonha que já não há.

e-ko disse...

sim, gotika,

e aida mais, que as instituições bancárias durante as últimas décadas tenham inflacionado escandalosamente as avaliações de bens imobiliários também dirigidos às classes médias baixas, porque não existe um parque habitacional para aluguer ou políticas seriamente pensadas de alojamento "social" (digo social por falta de termo que designe um alojamento acessível às classes médias baixas e baixas com verdadeiros alugueres cujos preços controlados se actualizem com os aumentos da inflação e não o que se verificou desde Salazar numa política ruinosa para o parque habitacional e para os pequenos proprietários, com rendas rídiculas em que famílias das classes médias e altas têm aproveitado para ocupar ad eternum apartamentos de grande superfície e valor)... agora que as famílias se encontram esmagadas pelas políticas especulativas do sector bancário essas avaliações começam a fazer-se bem mais abaixo dos preços praticados anteriormente e quem comprou um pequeno andar, e, por necessidade face ao aumento do agregado familiar precisam de comprar maior, têm de vender por muito menos do que o comprou... quando não viu, por situações de saúde ou desemprego, o seu alojamento vendido em leilão... não contentes com isto, os bancos agora praticam a cobrança de serviços de manutenção de contas de 10 € por mês para quem não têm um saldo (saldo e não receita)mensal superior a 500€... com o sector dos combustíveis, o sector bancário atinge lucros fabulosos, com a exploração das famílias mais modestas deste país... escandaloso! e ver os honorários fabulosos dos seus gestores!

há muito a denunciar e a fazer!!!!

Paulo Pedroso disse...

E quem é que, nos idos de 70, decidiu congelar as rendas das casas?

Uma vez mais, estão a pagar as consequências dos seus próprios actos e dos seus delírios ideológicos.

e-ko disse...

Paulo Pedroso, foi Salazar que congelou as rendas! as a maioria das pessoas neste país não tinham, e ainda não têm, ordenados que suportassem grandes aumentos de rendas... é o ciclo vicioso!

Paulo Pedroso disse...

E-Ko,

Foi, efectivamente, Salazar que procedeu a esse congelamento. Sucede que, nessa altura, as intenções do ditador eram duas: evitar a especulação imobiliária e criar uma almofada social no sector da habitação.

Sucede também que, por essas alturas, a inflação era diminuta, tendo começado a subir apenas com o marcelismo.

Depois do 25 de Abril, quando a infação assumia valores muito mais elevados, não fazia nenhum sentido continuar com o congelamento das rendas. Mas foi isso que foi feito, com a maior das boas intenções.

Como o Inferno está cheio de boas intenções e as casas não se mantêm de pé sem manutenção e sem investimentos, os senhorios foram perdendo progressivamente capacidade de intervenção no parque habitacional.

Uma vez mais, as decisões que são tomadas com as melhores intenções, acabam por funcionar ao contrário.

São as designadas "consequências não esperadas".

Cidadão do Mundo disse...

as rendas estavam congeladas era com o Salazar....heheheheheheheheh o Pedroso ainda era puto nessa altura, já não se lembra......ahahahahahahahah este rapaz é um cómico!

Paulo Pedroso disse...

cidadão do mundo,

a sua alarvidade demonstra que não percebeu duas coisas básicas:

- em 1º, no tempo de Salazar, a inflação era quase inexistente, pelo que essa decisão não provocou distorções significativas no mercado imobiliário;

- a mais importante das coisas que você não encaixou foi o facto do intervencionismo salazarento não se distinguir do intervencionismo da Esquerda profunda, porque foi esse mesmo congelamento que se manteve após o 25 de Abril, numa altura em que a inflação era elevada.

No fundo, vocês não só não percebem patavina de Economia como ainda não se aperceberam que, em muitas coisas, as vossas soluções são idênticas às dos vossos inimigos: intervencionistas até à medula dos ossos, em nome das utopias e sem olhar para as consequências.

Anos depois da merda que fazem ainda vêm gritar que a culpa é dos outros.