terça-feira, 20 de maio de 2008

Vivemos no paraíso e nem por isso alguns conseguem deixar de fazer da nossa vida um inferno

Hoje, ainda no Porto, fui tomar café com a minha irmã depois do almoço. Tinha acabado de me sentar quando, ao passar os olhos pela Televisão, dei conta de uma daquelas imagens que dizem tudo num único segundo, capazes de pôr a mais empedernida das pedras de calçada a chorar: uma idosa birmanesa estendia a mão, implorando um pouco de comida, num gesto drámático e com mil tragédias expressas em cada ruga do rosto. Foi nesse mesmo momento que surgiu a ideia deste post.
Logo de seguida, por volta das 14:30, pus-me a caminho da minha terra natal, onde cheguei por volta das 18:30. Quando cheguei, tive a oportunidade de ver as notícias das sete e tomar conhecimento do que se está agora a passar na África do Sul.
De facto, vivemos no paraíso! Mas, parafraseando um famoso impostor intelectual francês, nem por isso há quem consiga evitar deixar de fazer da vida dos outros um inferno. Quem sabe, talvez por isso mesmo.



1 comentário:

Nuno Castelo-Branco disse...

Pobre gente... Gostava de colocar estas imagens debaixo do nariz de certas altas individualidades de 74-75 e perguntar-lhes o porquê de terem condenado milhões à barbárie, despotismo canibalesco e simples extorsão. Ventos da história, responderão. Pois sim, mas desconfio que se assim continuarmos, daqui a alguns anos, teremos a ONU a exigir que assumamos as "nossas responsabilidades", recebendo um mandato para administrar certos países. Por NÃO ser nem NUNCA ter sido racista, creio que seria o melhor. Sinceramente.