Slöterdijk, P. (2002 [1989]). A Mobilização Infinita. Para uma crítica da cinética política. Lisboa: Relógio d'Água, p. 80, (Orig.: Eurotaoismus - Zur Kritik der Politischen Kinetik, Surkamp Verlag Frankfurt am Main, 1989)
quinta-feira, 1 de maio de 2008
DA CATÁSTROFE, DO MUNDO E DO PROBLEMA FUNDAMENTAL INERENTE A AMBOS
De como de uma penada caem por terra todas as teses humanistas das belas almas... Afinal o que menos se conhece, ao contrário do que muito boa gente pensa, é mesmo o homem...
"Com a questão da capacidade de aprendizagem da nossa espécie, toca-se no ponto crítico: a humanidade está a priori incapacitada para aprender, porque não é um sujeito mas um agregado. Quando falamos «da humanidade», formamos um conceito geral, que só como sujeito alegórico pode andar à laia de fantasma por teses especulativas — teses, de que a era das Luzes fez um uso descuidado. Aquilo que, hoje, aparece como crise do universalismo iluminista é, de facto, a transição do estádio das alegorias genéricas humanistas para o de uma ecologia dura de inteligências locais. Essa ecologia só começa depois de se entender plenamente que a humanidade não tem Eu, nem coerência intelectual, nem órgão de vigilância fidedigno, nem retrospectividade capaz de aprendizagem, nem memória comum fundadora de uma identidade".
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