O País dos Processos Mumificados

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Anda pelo ar um cheiro a fim de estação, trovoadas de Maio e encomendas de armas violadas nas alfândegas da Portela. Tudo isto, evidentemente, só é do conhecimento das Secretas, ao contrário dos factos de que Pinto da Costa e José Eduardo dos Santos, quando é para mandar matar... mandam mesmo, voz corrente na sapiência de qualquer motorista de táxi da noite.

Para mim, que nada percebo de Futebol, mas rapidamente intuo quando um país é governado por criminosos, seja cá, seja na Birmânia, seja na Baía de Luanda, e é escusado virem-me com histórias da "Liga" -- Liga, para mim, era uma coisa muito antiga, que vinha da Jarreteira, e acabava nas putas e na minha avó, que só não o era porque estava pré-formatada para o não ser... -- e quebras de pontos e inibições de cargos e palermadas afins, só me cheiram a paulo-pedrocisações dos casos, bastante à Portuguesa: não tiramos muito a uns, mas também não damos muito aos outros, uma espécie de Justiça Salomónica, com a parte grande a ficar para os Grandes, e as sobras para os pequenos.

Até os McCann querem usufruir do Sistema, meu deus, que corja sem fronteiras...

Claro que os putos não são pronunciados, mas, em contrapatida, o Pedroso e o Ferro não são mais chateados, descem só de divisão, um, para o fim das listas de Deputados de Setúbal, o outro, para o Terceiro Mundo, em Paris, e o Jaime Gama continua como Segunda Figura da República, e que República, com o Cavaco em Primeira...

Assim, não há mesmo nada a fazer, Myanmar continua a olhar para o Mar e nós a vê-los passar.

O senhor da A.S.A.E. não se demite -- aliás, desde o escândalo da "Moderna", com Paulo Portas, que ninguém se demite, em Portugal. É um ponto de honra como qualquer outro, a chamada Honra de Palermo, que, aparentemente, também pesa bem nos critérios de Bilderberg: podes ser criminoso pela Justiça Corrente, mas, desde que nos sirvas, és... útil, e ficarás.

E são, são úteis uns aos outros, mas, cá por baixo, e lá por cima -- não digo onde -- cultivam-se vulcões e já nascem ciclones. Um país não pode viver com as suas casas a saque, e a Polícia pela rua, entretida com andar a passar multas de estacionamento e a inquietar as pessoas que querem passar o fim-de-semana em convívio, ou as A.S.A.E.s com metas de "chateamento": "des gens a être ciblés".

Ontem, à noite, Lisboa era um sepulcro. Quem quer matar a Nação está a consegui-lo: os recursos de protecção dos cidadãos foram postos ao serviço de bandos de interesses: QUEM SE METE COM OS NEGÓCIOS LEVA!!!..., e o Português comum é simultaneamente roubado pelo ladrão e por aquele que, em vez de roubar o ladrão, recebe ordens do Polvo para o roubar a ele. No meio disto tudo, os polícias suicidam-se, e idiotas como este, a "Dona Coisinha", do famigerado Bando do I.S.C.T.E. atrevem-se a vir anunciar, em público, e em "Público", coisas como esta ""Não é admissível que um clube do Norte provinciano exerça uma hegemonia quase sem falhas. O Porto haveria de pagar. "

Quem é este cavalheiro para carimbar "provincianismos" e vir a decretar saldados "pagamentos"?... "Provincianismo" é essa coisa morna a que se habituou, de fingir que está no "Contra", com a pele do colaboracionista, não é o Porto, que é uma cidade, ao contrário de si, que se comporta, não em forma de gente, mas em forma de assim. E o único pagamento possível era que indivíduos de pública reputação criminosa, mais as Ligas que os tutelam, fossem detidos à escala dos delitos cometidos, e não de meras quebras de... "pontos". Isso, dos "pontos", é bom para os subservientes comentadores do "Expresso", que se masturbam entre si.

Sr Almeida Santos, "Padrinho de Mozambique, é normal que você também afirme que "Sócrates está a ser um Primeiro-Ministro excepcional", e está, ao nível dos Fenómenos do Entroncamento. O problema é o empolamento artificial do preço dos combustíveis e dos alimentos, com o escavar de novas trincheiras, para as guerras que vão estoirar, que não nos permitem venerar, de joelhos, a imparidade de tal... "excepcionalidade".

Para mim, que sou de faros, anda no ar a mesma coisa que andava, quando dois aviões chocaram contra o "World Trade Center", de que eu até gostava, mas não me perguntem o que é, porque não sei. Quando chegar, pensarão: "olha, era isto!..."

Sr. Almeida Santos e Sr. António Barreto, vocês não passam de alguns dos rostos do The Great Portuguese Disaster, mas na bancada dos "Sérios", ao contrário do Pinto da Costa, que vocês insistem em aparelhar com a Família Loureiro, e arrumar no cantinho dos "Maus": mas aqui não há maus nem bons, vocês todos são maus, péssimos, horríveis, indesculpáveis, motivo mais do que suficiente para uma varridela de alto a baixo, por que toda a Sociedade Portuguesa, não fosse estar totalmente atemorizada e em estado cataléptico, espera e anseia.

Também estava, nas vésperas de 25 de Abril, e a coisa, mal ajeitada e improvisada, enfim, lá veio.

"Shame on you all!..."