terça-feira, 1 de julho de 2008

O "Braganza" errou: afinal, o odor de cadáver, as pielas, a Judiciária era tudo... mentira


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Ontem, o país que pensa com os pés apanhou com uma bolada nos cornos. Pensámos que fosse o fundo, mas não era, ainda íamos perder qualquer coisa mais, com o célebre mito da invenciblidade da Polícia Judiciária. Tínhamo-nos esquecido dessa. Podiam ter fundido a inocência do Pinto da Costa com a culpa do Bibi, e dávamos três em um. A seguir, deve ir a aura dos melhores pilotos de avião do Mundo, e acabarem as palmas saloias nas cabines dos Eurobus. Com um bocado de sorte, um incêndio ateado no Pinhal de Leiria consumirá o infame Idolatrário de Fátima, e a Mariza pode continuar a cantar como canta, para o Fado seguir o seu fado. A partir de hoje, a Europa é governada pela nova Madame Du Barry. Da última vez, acabou com um cadafalso. Desta, só luxos, inflações e amanhãs que cantam.

2 comentários:

e-ko disse...

então Arrebenta, quem tinha razão ? desta conclusão já eu estava à espera quando fiz aquele post em que me indignava pela exploração mediática do vazio dos procedimentos...

as nossas polícias e a nossa justiça ainda têm muitas passadas para dar antes de vermos alguma coisa de jeito nestes domínios.

kisses

e-ko disse...

"Nada me surpreende na natureza humana...

...nem que os pais da pequena Madeleine sejam agora alvo da suspeita de homicídio involuntário e ocultação de cadáver da sua própria filha, nem que a polícia portuguesa, tenha agora dado relevo a indícios frágeis, para se descartar de acusações de insuficiências no modo como conduziu as investigações desde o início.
Mesmo que, casos como este, não sejam ditados pela lógica, parece-me muito pouco lógico e provável que um pai e uma mãe com o nível de formação humana, moral e académica, não tendo em conta as suas posições sócio-económicas porque estas não são garante de nada, tivessem ocultado, durante tanto tempo, o cadáver da criança se, porventura, um acidente simples ou por negligência lhe tivesse causado a morte.
Se a versão do casal tem algumas lacunas e incoerências, as versões da polícia, com as sucessivas declarações públicas - que muito me incomodaram devo confessar - me parecem mais um jogo de defesa de uma credibilidade muito fragilizada, basta ver o que se tem passado em investigações anteriores de casos de desaparecimento de crianças ou no caso Casa Pia.
O que é insuportável é toda esta mediatização do caso, e os McCanne só estão a ser vítimas do movimento que eles próprios desencadearam, mas, os médias não recuam perante nada para avivar as fogueiras dos julgamentos em praça pública. Os interesses económicos das audiências dos médias e das vendas de jornais agradecem. Os portuguesinhos comoveram-se com a desgraça que caíu numa família tão católica e com ela partilharam as orações para que a criança fosse encontrada sob a protecção de DEUS, agora, e sem provas consistentes que incriminem aqueles pais, vociferam acusações e insultos à passagem dos mesmos, sem que existam acusações formais contra eles, e, que muito provavelmente nunca existirão, quer tenham ou não cometido o crime de que são suspeitos.
Como já disse, nada me surpreende na "natureza humana", da mesma forma que não acredito na eficiência da nossa Justiça e muito menos na competência das nossas polícias, não por princípio, mas, pelo que vou observando à minha volta e experimentando na realidade. Não acredito nem deixo de acreditar no que dizem uns e outros, vou ouvindo, mas não contem comigo para fazer coro com os que procuram fazer julgamento na praça pública.
http://e-konoklasta.blogspot.com/2007/09/nada-me-surpreende-na-natureza-humana.html