Dedicado ao Paulo Pedroso
Se tiverem seguido os posts que tenho escrito sobre o assunto, verificarão que, ainda dentro do campo político-militar, falta considerar um último aspecto que é o facto das tropas iranianas e americanas estarem dos lados opostos da mesma fronteira, isto é, nada garante que o Iraque não possa ser atacado, mesmo por via terrestre convencional, pelos iranianos… Seria uma loucura? Bom, com este tipo de regimes já se viram cometer loucuras maiores e, para além disso, um conflito deste tipo traria, necessariamente, avultadíssimas baixas iranianas, o que, por estranho que possa parecer, viraria a comunidade internacional mais contra os EUA do que contra o Irão, sendo que para os iranianos estas não teriam significado nenhum.Por outro lado, a guerra no Iraque já vai muito demorada, cinco anos e já bastantes milhares de mortos e feridos americanos, não pareceram resolver, nem melhorar a situação. Ora, a abertura de uma nova frente com um inimigo determinado e fanático, apenas agravaria em muito o estado de coisas. Contudo, se analisarmos com rigor a situação, a solução para ela já há muito escapou das mãos dos americanos, os quais, ainda ensombrados pelo sempre eterno trauma do Vietname, deixaram de ter a capacidade de decisão na área. Esta passou a estar, agora, nos timings israelita e iraniano, pois se qualquer um deles atacar os EUA, que têm muitas dezenas de milhares de homens na região, queiram ou não, serão arrastados imediatamente para o conflito. Vêem-se, pois, nuvens muito negras para os próximos tempos mundiais.
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
12 comentários:
Obrigado, caro Quink, pela dedicatória mas, como já deves ter notado, fui para o exílio, de moto próprio ou, numa leitura mais socratiana, preferi beber cicuta a ter de conviver com pessoas sem espinha dorsal.
O meu abraço, para ti e para todos os restantes colegas do BM que sempre viram este espaço como um local de absoluta liberdade.
Quanto ao Arrebenta, como já tive oportunidade de lhe dizer, deve regressar sem qualquer tipo de problemas ou constrangimentos porque ele é o coração e alma do BM.
Quanto às pessoas que passam a vida a encher a boca de palavras de liberdade, de democracia e de direitos, mas que se sentem incomodadas com discursos contrários, que fiquem à vontade. Dou-lhes todo o espaço de intervenção e toda a liberdade.
Eu, pura e simplesmente, recuso-me liminarmente a partilhar o meu espaço de intervenção cívica com pessoas de índole totalitária.
Para quem não reparou, deixei o BM logo a seguir à minha última publicação. Última publicação essa que se destina a lembrar, a quem de direito, que é suposto as palavras terem peso, significado e valor.
Obviamente, o defeito é meu, por julgar que a palavra de um ser humano deve ser honrada, mantida e defendida com verticalidade, lógica e critério.
Desejo boa sorte ao BM em geral e a todos os seus colaboradores em particular. Que este continue a ser um espaço de intervenção cívica, mesmo quando não pode ser plural, diverso e aberto.
Acima de tudo, desejo que a experiência de participação no BM seja, para cada um dos seus autores, divertida, inteligente e estimulante... como o foi para mim... até perceber que a amplitude da liberdade se encontrava limitada do PSD à Extrema-Esquerda.
Tinha a noção clara que partilhava o espaço do BM com simpatizantes de extrema-Esquerda mas não sabia que a Direita democrática tinha de ficar de fora deste espaço... ou, no mínimo, politicamente calada.
Agradeço a todos os colegas, autores, comentadores, participantes e leitores do BM, da sua 1ª versão à actual, pelos bons momentos que me proporcionaram e peço as minhas desculpas por todos os momentos em que não estive à altura das suas expectativas.
Votos de felicidades para todos!
:-))
Ai m'lher és tão sensívéle!
Num bás, Paulo, num bás imbóra!
O BM sem ti é como um pau sem bundas, um jardim sem órtigas, um cão sem pulgas...
Caro Paulo,
Querer contrariar a tua decisão seria não só um absurdo como um arrepio à tua liberdade e livre arbítrio, a mesma índole totalitária de que te queixas, pelo que não o farei. Porém, não concordo contigo quando dizes que não tinhas aqui um espaço de liberdade, podias ser chateado, (coisa que eu também sou e deixei de ligar)ter de discutir e tudo o resto que é normal. Felizmente nunca dependeste de ninguém para colocar os teus posts, colocas e ninguém pode evitar que tu o faças senão tu, se te deixares manipular por as pessoas que querem que tu procedas assim e que, dessa forma, terão ganho.
Os teus textos eram dos melhores e revelavam una inteligência, cultura e saber estar invejável e do maior interesse. Esses mesmos atributos são o suficiente para saberes que tenho razão no que digo. Bem sabes, o exílio não é a morte, dele podemos voltar quando quisermos, sejam quais forem as circunstâncias, da morte não.
Um abraço e pensa no que te disse,
quink644
Ai quinky, não seja tão puxa-saco!
Caro Paulo Pedroso,
Tal como o Paulo Portas, penso que mais tarde ou mais cedo vai regressar...
Como diz o outro "quando se luta nem sempre se ganha, mas não lutando, perde-se sempre..."
:-)
O anarca conhece muito bem o íntimo do Paulo Pedroso.
Deve ser bichólogo.
Caro Paulo,
Ficou-me(nos) a dever o 3º texto sobre o antiamericanismo.
Um abraço
Caro Quink644,
Obrigado pelas tuas palavras.
Deixei de ter espaço de liberdade no BM quando alguém teve o descaramento de me acusar de proselitismo e de que as minhas posições políticas eram inaceitáveis. Curiosamente, num espaço onde tanta gente proclama a liberdade e o direito de expressão, ninguém se sentiu incomodado com semelhante postura.
Deiuxei de estar num espaço de liberdade quando paranóicos controleiros e controleiras começaram a criar figuras, nicks e fantasmas, uns atrás dos outros, com o fim de tornar insuportável a minha presença no BM.
O meu abandono do BM é também uma bofetada com luva de pelica para todos eles e elas que colaboraram nesses esquemas profundamente reptilianos. Não ganham, como dizes, como o meu abandono é a minha última vitória: a de todos poderem constatar que essa gente, não conseguindo ganhar no combate das ideias, prossegue caminhos baixos, mesquinhos e ínvios. Ficam, assim, expostos em todo o seu esplendor.
Por último, saí porque não admito ser rotulado de controleira, nem confundido com Allegras Gellers, Semenfias, anarcas, bestas, anónimos, controleiras, nicks falsos, inventados ou caídos do céu para maior satisfação das taras persecutórias de sabe-se lá quem.
Pelos vistos, apesar de muito raramente perder o meu tempo com Paulo Portas ou com o CDS, parece que a minha voz incomodava. Daí a necessidade de silenciar o Paulo Pedroso ou de o remeter a posts humorísticos ou inócuos. Enfrentei vários combates no BM e, lamentavelmente, na maior parte deles, foram raros os debates baseados em argumentos ou factos. Certas pessoas pereferiram enveredar pelos argumentos ad hominem, pela instauração de processos de intenções ou pela simples acusação pessoal.
Pois que fiquem com a sua magnífica e gloriosa vitória pírrica, para que todos vejam como só me souberam vencer através de processos ínvios e mesquinhos, sem nunca ou raramente terem tido a coragem de o fazer frontalmente, no combate de ideias.
Aliás, como são essas mentes mesquinhas que necessitam mais dos seus jogos de bastidores do que eu deles, presumo que serão eles próprios que experimentam agora o sabor da sua amarga vitória... que lhes irá saber, cada vez mais, a azeda derrota.
Uma pequena nota final: estou muito longe de me considerar um erudito. Para mim, erudito é, por exemplo, o homem que está por detrás da figura do Arrebenta. Eu sou apenas uma pessoa que admiro o saber e a cultura e que persigo respostas como todos nós, que andamos cegos no mundo.
Uma vez mais, o meu obrigado e votos de felicidades para ti e todos os restantes colegas do BM!
PS: prometo, pelo menos, manter-me atento e, como sempre ler tudo o que vocês publicam.
:-))
Abraço!
Caro Anarca,
Admiro e respeito imenso Paulo Portas mas os meus interesses, motivações e trajectos estão muito longe de seguir os passos dele.
Não perdi absolutamente nada. Ganhei, sempre! Principalmente quando, não podendo ser derrotado por via das ideias, fui derrotado por processos persecutórios.
Quer melhor exemplo de vitória?
Julga, por acaso, que os anónimos e as controleiras estão a dar pulos de alegria?
Se você é o verdadeiro Anarca do EO, sabe muito bem que a natureza humana é bem mais complexa do que as leituras simples sobre as vitórias e as derrotas dessa gente. Precisam eles muito mais de mim do que eu algum dia necessitarei deles. É por isso que eu sou e serei sempre livre e eles viverão sempre enterrados nos seus pântanos.
Caro Textusa,
Se não estou em erro, julgo ter publicado, no BM, três textos sobre o antiamericanismo, embora não tenha a certeza absoluta.
Sobre esse assunto, queria publicar pelo menos mais dois ou três textos mas ficaram, como o resto, por ver a luz do dia.
Tal como os muitos livros que não li, mas gostei; tal como os filmes da minha vida; tal como os esplendorosos, arrebatadores e magníficos jardins suspensos da Babilónia da saudosa e extinta Semiramis (joana); tal como...
Olhe, tal como, os inaceitáveis proselitismos Portistas.
Ficaram todos por ver a luz do dia... para que outros se sintam mais à vontade.
Eu faço-lhes a vénia e deixo-os passar. O caminho é todo deles!
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