quinta-feira, 10 de julho de 2008

Só resta saber quem e quando…



Distância do Irão ao Vaticano: cerca de 3 000 Km


A história tem-nos mostrado que Israel, nos seus sessenta anos, apenas tem sobrevivido garças ao seu poderio militar, aos seus serviços de informação e à sua aliança com os EUA, fruto do enorme poder que o lobby judaico detém. Nos últimos dias, temos assistido a um gradual aumento de exibição de poder militar por parte do Irão e, estranhamente, Israel também o fez, já que o seu modo natural de agir é atacar primeiro e avisar depois, desde logo porque o seu espaço físico não lhe permite outro tipo de guerras que não sejam ofensivas, uma vez que não tem para onde recuar. Se analisarmos a situação na região, temos a Síria, que não tem reagido aos ataques preventivos de Israel, o Iraque, que se encontra invadido e em guerra civil, o Egipto, que está muito mais preocupado no estabelecimento de boas relações com o Ocidente, a Jordânia, que como habitualmente não tem qualquer peso e o resto dos países árabes que, encabeçados pela Arábia Saudita, não só temem, talvez mais do que todos o Irão, como sabem que a sua segurança está nas mãos dos EUA e, ironia das ironias, do próprio estado de Israel. Olha-se para o mapa e não se vê mais nada, já que na própria Líbia, Kadafy anda a dar palmadinhas nas costas de Sarkozy.
Para além do que foi exposto, ninguém parece estar a ver com bons olhos o desenvolvimento dos mísseis Shahab, nomeadamente a versão 5 que, com um raio de acção de 6000Km, será capaz de atingir todas as capitais europeias, e qual seria o estado europeu que gostaria ver isso acontecer… Ainda por cima, se aliarmos a tudo isso a continuação do desenvolvimento do seu programa nuclear, o panorama torna-se negro. Mais, se analisarmos friamente as coisas, o Irão não está sob ameaça de ninguém, já que o seu arqui-rival Iraque se encontra a ferro e fogo. Logo, se não é para se defender, para que se quer um exército de um milhão de homens e um investimento colossal em armas senão para atacar? É esta questão principal que devemos colocar… A outra, e não menos importante, é a de saber quem e quando vai fazer o trabalho sujo, se Israel se os EUA.



Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

7 comentários:

e-ko disse...

é muito claro... Israel não pode fazer guerra ao Irão sem os US, e, os US, com os problemas económicos internos, altamente dependentes do petróleo, e sabendo que um novo conflito na região onde se encontram os maiores produtores poderia ter consequências desastrosas para a sua economia, não vai agora criar mais esse problema... andam todos a jogar ao gato e ao rato em que o gato e o rato trocam de papel de vez em quando!

o Irão não quer dar parte de fraco e os US não querem perder a face e todos andam no jogo das ameaças... mas alguém se preocupa com a detenção de armas nucleares, que se sabe que existem, pelo Paquistão ? e não será o Paquistão uma séria ameaça na região ?

enfim, o Paquistão está protegido pela administração Bush e, depois, não é produtor de petróleo!

Estaline disse...

Israel

quink644 disse...

Cara e-ko, a brincadeira já foi longe demais e o Irão, quer a guerra...

e-ko disse...

Israel pode fazer o que muito bem entende, não criar um estado digno desse nome para os palestianos. fazer todos os ensaios de armamento de todas as espécies, desde que tenham as costas quentes com os US... e ninguém se insurge!

se alguém quiser fazer o trabalho sujo, deve saber-se que, é pôr em perigo as populações que estejam num raio de proximidade bastante largo, e a Europa encontra-se no raio das correntes dos ventos, ao querer bombardear instalações nucleares iranianas sejam elas civis ou militares, não são os ataques preconizados por Israel que vão evitar uma catástrofe mais do que previsível...

quink644 disse...

Há certas coisas que têm de ser feitas... Infelizmente as coisas são assim. Depois, os israelitas só precisam dos EUA para fazerem um trabalho mais limpo, de resto não precisam deles para nada e esta situação é a continuação de uma guerra que se prolonga desde 1948...
Lição a tirar: onde entra a merda da religião está tudo estragado...

Jeremias disse...

Ó qink

O Irão não quer a guerra.. Só não quer é ser atacado pelos EUA ou por Israel...
E esta última demonstração de força serve para mostrar que se for atacado tera como retaliar...
O Irão é um ponto estratégico, tem prtróleo e os EUA andam com ideias de lá fazer o mesmo que fizeram no Iraque... Portanto é legítimo que se queira defender quer com misseis de 6000km quer com armas nucleares...

Isto não significa que eu apoie o Irão e o seu regime fundamentalista. Mas é preferível deixar o Irão em paz e deixá-los evoluir, porque mais cedo ou mais tarde aquele regime acaba por caír, doque armar a mesma merda que se armaou no Iraque...

quink644 disse...

O Irão não é o tipo de país nem de regime que se possa deixar ter tecnologia nuclear... Isto é ponto assente, se eles não acatarem esta imposição da ONU e daquela merda do El Baradei(que eu agora não me lembro o nome)têm que lhes destruir as instalações nucleares.
Dá uma vista de olhos neste endereço: http://activistchat.com/phpBB2/viewtopic.php?p=31512