quinta-feira, 1 de maio de 2008

O Dia que eu mais odeio


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

O dia 1º de Maio dá-me sempre uma depressão inexplicável, porque toda a vida passei a defender uma Civilização do Ócio, e agora vêm com os maus exemplos Chineses, e as 50 horas da Finlândia, e a Marcela que dorme 5 horas por noite, só para ter tempo de cozinhar toda a intriga quotidiana. Adorava que criassem o Dia do Ocioso, para eu ir com um cravo pastel na mão, como naqueles tempos da minha adolescência, em que era "dandy" e andava com a bengala do meu avô na rua, e um botão de rosa na lapela. Acho que o trabalho nunca tornou feliz ninguém, e é uma espantosa metáfora social para obrigar os humanos a não terem tempo de levantar os olhos do chão e contemplar as estrelas. Pessoalmente, detesto trabalhar, e finjo sempre que estou a fazer qualquer coisa, quando estou, tão simplesmente, a pôr no forno uma nova ideia para tornar os meus conterrâneos mais felizes. Uma gargalhada vale muito mais do que qualquer dia de trabalho, e só imaginar que ponho pessoas, de manhã, a chegarem, estremunhadas, a infectos locais de trabalho, "open-spaces" de heterossexuais passivos do Millennium-BCP, funcionárias do Fisco, Professoras Divorciadas, Funcionários da Nato e do Banco Central Europeu, sei lá, toda essa maré que nos visita, a abrir o computador e a rir, só para demonstrar como se pode avacalhar a maior depressão desde 1929, só isso me faz... trabalhar. Agora, horários, rotinas, gravatas -- as traças já devem ter dado cabo das minhas Madeleine Vionnet, rai's parta, mas eu acho que as traças não comem seda, é melhor nem ir confirmar..., nesse tempo, há cinco anos atrás, eu ainda acreditava no Mundo e na Place Vendôme!... -- não, não e não. Quando o P.C.P. insulta a badalhoca de Vilar de Maçada e lhe ameaça pôr uma Moção de Censura, faz muito bem. Todos os acordos devem ser sabotados, como diria Álvaro de Campos, mas não o diz aquela sinistra alínea do Tratado de Bilderberg, que afirma que os Sindicatos já não são os elos de ligação entre a mão-de-obra e o empregador, mas franjas dialogantes e cooperantes (!) com os Governos. Isso vai para lá do extraordinário, sobretudo para mim, que pertenço a uma Intersindical do "Dolce far niente", oh, oh...

1 comentário:

Anónimo disse...

És um parasita nojento.
Não tens autoridade moral para tentares impingir as tuas ideias de merda mesmo que embrulhadas em frases muita giras porque a única coisa que conheces da vida é levar no cu vestido de dandy enquanto pensas em que butique vais comprar mais e mais trapos. És um frívolo pindérico!
O mundo não é só a tua vida merdosa que só sente êxtase quando vai ao Brasil engatar putos com menos de metade da tua idade. O mundo também é desses, dos que pouco ou nada têm, e de quem te serves como guardanapos descartáveis.

E vens tu para aqui cagar postas de pescada e impingir a ideia que és moralmente superior!

És um reles cagalhão que pensa e sonha ser caviar.