sexta-feira, 30 de maio de 2008

Natascha compra "prisão"

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

A jovem austríaca que foi raptada aos 10 anos por Wolfgang Priklopil comprou a casa onde viveu presa durante 8 anos. A jovem já tinha demonstrado a sua intenção de comprar a casa que pertencia ao seu sequestrador, para evitar que o local se tornasse atracção turística para curiosos. Com 20 anos, Natascha Kampusch reconhece a ironia da sua acção e do facto de agora pagar a electricidade, a água e os impostos de uma casa onde viveu momentos de terror. Recentemente, Natascha ofereceu 25 nil euros à família de Josef Fritzl, acusado de encarcerar e violar a sua filha durante 24 anos na cave da casa onde morava.

Focus

É impressão minha ou há aqui qualquer coisa que não faz muito sentido?

5 comentários:

Paulo Pedroso disse...

Por acaso não estou a ver nenhuma contradição especial.

Não me parece que seja ilegítimo, da parte dela, querer que a sua prisão não seja transformada num local de peregrinação mórbida e que deseje preservar ao máximo a sua estória pessoal.

Embora não ponha de parte a possibilidade de estarmos perante uma espécie de síndroma de Estocolmo por parte da Natascha.

:-))

fado alexandrino. disse...

Sem dúvida.
Esse fenómeno da psique poderá ajudar a explicar.
A verdade é que só quem passa por um horror destes poderá compreender as decisões.

e-ko disse...

tmbém não estou a ver contradição... e até acho que com esta atitude a Natascha está a dar mostras de enfrentar com uma certa força de caracter a realidade, incluindo na sua ajuda à família que recentemente se libertou do terror no mesmo país... e nem vejo nenhum sinal de síndrome de Estocolmo.

katrina a gotika disse...

É a casa a que está mais habituada. Para quem viveu tanto tempo em cativeiro, é absolutamente natural que se sinta mais segura dentro das paredes que conhece. Só o tempo, muito tempo, a fará renegar essas paredes. Há pessoas que, por não conseguirem sequer imaginar tamanho pesadelo, fazem juízos errados. Como eu costumo dizer, mais um caso de quem não sabe do que fala.
Essa rapariga é uma pessoa muito perturbada que talvez nunca venha a ultrapassar aquilo porque passou, embora me pareça ser uma mulher de fibra e haja esperança.

Å®t Øf £övë disse...

Dalila,
Ela lá terá as suas razões, e lá saberá poque o faz. Mesmo que para nós possa parecer não fazer muito sentido.
Bjs.