domingo, 27 de abril de 2008

Maria Custódia precisa de casa


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Acho impressionante como é que é possível uma senhora de 94 anos não ter uma casa digna para viver. O cerne da notícia é o divórcio com o marido, marido que ela pensava estar morto há 57 anos.

FOI UM ALÍVIO. Maria Custódia fala numa linguagem simples, mas clara. Percebe-se, nos olhos, que sente aquilo que diz. Apesar da idade, disse ter encarado com grande naturalidade o divórcio. "Foi um alívio, porque ele não merecia que eu fosse mulher dele. Disse-lhe isso no tribunal e ele nem respondeu", afirmou. Entre sorrisos, e uma franca gargalhada, admitiu que, mal regressou a Amarante "foi logo tratar da actualização do Bilhete de Identidade". A idosa é analfabeta, mas - sublinhou - sabe fazer contas. "Não sei não ler, mas tenho pena de não saber. Mas digo-lhe que nas contas nunca me enganei", garantiu. Os poucos habitantes que restam em Canadelo, na maioria idosos, apreciam a maneira de ser de Maria Custódia. "É a alegria da aldeia", destaca o presidente da Junta, Manuel Claro.

DANÇAR AOS 100 ANOS. Hoje Maria Custódia enfrenta mais um momento difícil. Com um rendimento pouco superior a 20'0 euros por mês, os proprietários da pequena casa que habita sozinha querem que deixe o espaço. "Mas eu não tenho para onde ir", lamenta-se Maria Custódia, enquanto se queixa que o dono da casa até a electricidade lhe cortou. Utiliza velas para iluminar a habitação à noite e nem sequer pode ligar o pequeno frigorífico para conservar os alimentos.

O presidente da Junta garante que a idosa vive numa situação muito precária, precisando da ajuda para sobreviver. Apesar da insistência, recusou-se, por confessada vergonha, a mostrar onde vive. Sente-se muito amargurada e apenas pede que a ajudem a arranjar um espaço onde viver com algum conforto. "Ficava muito feliz se me arranjassem uma casinha", disse a idosa, segurando carinhosamente o braço do jornalista, nele fixando o olhar, num silêncio só perturbado pelo ressoar afastado do rio Olo. Falou também do quanto gostava de chegar aos 100 anos. "Se conseguisse havia de dançar muito nesse dia", prometeu.
Mais...

In Revista Mais – Diário de Notícias

Acho que o presidente da Junta em vez de falar e mandar postas de pescada devia era ter feito alguma coisa, nomeadamente arranjar uma casa para a senhora que com 94 anos merecia melhores condições.

Tenho a certeza se fosse na minha terra (a Madeira) o Dr. Alberto João Jardim (mesmo sem ser socialista) teria resolvido esta situação.

5 comentários:

Anónimo disse...

e por falar em João Jardim...será que ele é que vai o nosso próximo
1º ministro????Isso é que é sinistro...
jinhos

Jay Dee disse...

Heya, assim não. Não aguento. Avisa-me com antecedência quando decidires escrever algo assim do género... porque não consigo mesmo...

Falta-me trabalhar a minha veia imparcial da coisa.

MMV disse...

Mas eu sou parcial...

Jay Dee disse...

Eu é que não consigo ser. Daí ter que trabalhar isso.

Anónimo disse...

Se o Alberto arranja casas pq não as arranja para as pessoas das Falcas e outros tugúrios?
De resto tb digo o presidente em vez de estar a cagar postas de pescada devia arranjar casa para a senhora.de acordo!