Agravamento de desiguldades é «empiricamente
falso», diz Santos Silva
Creio que alguns limites da falta decência, mesmo em política, não devem ser ultrapassados e esta afirmação de Santos Silva é disso um bom exemplo. Com efeito, se estivesse a fazer a tal lista de políticos que abomino profundamente, este senhor estaria muitíssimo bem colocado… Mas, deixando isso para trás, vejamos o que só pode querer dizer tal afirmação e aí tenho que me calar, pois não sei assim tanto da vida do homem que possa falar sobre isso. Deve querer dizer que entre ele e os que o rodeiam, amigos da pandilha, família, parentes, secretárias, eu sei lá… diminuiu essa desigualdade social, nos últimos três anos, terá conseguido elevar bastante o nível de vida monetário e social dessas pessoas e, se calhar, já deixa algum pessoal intermédio tratá-lo por tu… Só pode querer dizer qualquer coisa como isso, mais nada…
Para quem vive em Portugal, para quem anda na rua, fala com as pessoas, lê os jornais e procura andar minimamente informado é uma atoarda da pior espécie, daquelas que temos que nos beliscar para nos certificarmos de que estamos acordados, é quase com ouvir o nosso primeiro-ministro, como ouvimos claramente noutro dia, a chamar mentiroso a alguém… quer dizer, não faz sentido, como é que alguém que chega ao topo do poder em Portugal não sabe um provérbio tão popular e elementar como o que diz que quem telhados de vidro, não deve andar à pedrada com o vizinho… Enfim, bizarrias que eu não entendo… Talvez seja melhor assim…
Quanto ao que me é dado a observar, ninguém, a não ser os numerosos políticos que nos governam e os seus apaniguados, anda satisfeito, as pessoas andam acabrunhadas, vergadas, amedrontadas e cada vez mais sentem o fosso social entre os que tudo podem e os outros. Esta é uma sociedade que está doente, uma sociedade que precisava de um bom tratamento com qualquer anti-depressivo bem forte e de alguma ajuda especializada, algo bom, para variar. E o que vemos? Vir este sujeito dizer uma alarvice destas, quase que o imagino, ainda por cima com aquele ar hipócrita sonso dizer-se estupefacto por outros lhe afirmarem o contrário? Com números não sei de quê? Toda a gente sabe, como disse não sei quem, que os números bem torturados dizem o que nós queremos. O que sei, e julgo que muitos de nós o sabem, é que cada dia do dinheiro é mais curto, neste milagroso país onde tudo sobe, excepto os ordenados e o poder de compra, as poucas regalias sociais que ainda íamos tendo e, claro, a inflação… Como? É só mudar a forma de a calcular… O pão subiu muito? Retira-se o pão; os combustíveis subiram? Retiram-se os combustíveis, etc, etc.
Será que ainda por cima disso tudo pedir alguma decência e vergonha é pedir muito?
Para quem vive em Portugal, para quem anda na rua, fala com as pessoas, lê os jornais e procura andar minimamente informado é uma atoarda da pior espécie, daquelas que temos que nos beliscar para nos certificarmos de que estamos acordados, é quase com ouvir o nosso primeiro-ministro, como ouvimos claramente noutro dia, a chamar mentiroso a alguém… quer dizer, não faz sentido, como é que alguém que chega ao topo do poder em Portugal não sabe um provérbio tão popular e elementar como o que diz que quem telhados de vidro, não deve andar à pedrada com o vizinho… Enfim, bizarrias que eu não entendo… Talvez seja melhor assim…
Quanto ao que me é dado a observar, ninguém, a não ser os numerosos políticos que nos governam e os seus apaniguados, anda satisfeito, as pessoas andam acabrunhadas, vergadas, amedrontadas e cada vez mais sentem o fosso social entre os que tudo podem e os outros. Esta é uma sociedade que está doente, uma sociedade que precisava de um bom tratamento com qualquer anti-depressivo bem forte e de alguma ajuda especializada, algo bom, para variar. E o que vemos? Vir este sujeito dizer uma alarvice destas, quase que o imagino, ainda por cima com aquele ar hipócrita sonso dizer-se estupefacto por outros lhe afirmarem o contrário? Com números não sei de quê? Toda a gente sabe, como disse não sei quem, que os números bem torturados dizem o que nós queremos. O que sei, e julgo que muitos de nós o sabem, é que cada dia do dinheiro é mais curto, neste milagroso país onde tudo sobe, excepto os ordenados e o poder de compra, as poucas regalias sociais que ainda íamos tendo e, claro, a inflação… Como? É só mudar a forma de a calcular… O pão subiu muito? Retira-se o pão; os combustíveis subiram? Retiram-se os combustíveis, etc, etc.
Será que ainda por cima disso tudo pedir alguma decência e vergonha é pedir muito?
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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