sexta-feira, 27 de junho de 2008

Encomenda devolvida à procedência

Motivo: destinatário errado!
Todas as Ciências são belas mas algumas são mais porcas que outras. Perdão o que eu queria dizer, parafraseando Orwell, é que algumas são mais belas que outras. Para mim, a Antropologia é, provavelmente, uma das mais belas, senão mesmo a mais bela de todas as Ciências. A Antropologia Física porque, em grande medida, nos responde à pergunta de Onde Vimos, pelo menos à escala cronológica em que a matéria ganhou consciência de si própria e a Antropologia Cultural porque, em grande medida, nos responde à pergunta Quem Somos, em todo o magnífico esplendor da diversidade Humana. A História oferece-nos também grandes respostas ao Quem Somos e a Sociologia, pelo contrário, poderia ser uma boa Ciência capaz de responder à questão Para Onde Vamos, não fosse dar-se o caso desta Ciência se encontrar significativamente impregnada de discursos Socio(Ideo)Lógicos, o que quer dizer que é uma Ciência muito pouco científica e demasiado Ideológica.
Como se recordam, certamente, fui presenteado com uma dedicatória especial, aqui há uns tempos, dedicatória essa cuja motivação não era independente da minha orientação sexual: um catálogo de sardas XXL da Taschen. A ideia subjacente era óbvia: um homossexual certamente que gosta de sardas XXL e o Paulo Pedroso só está a precisar de uma, ou várias, pelo esfíncter acima. A mesma ideia já tinha sido apresentada anteriormente, na forma de recorrentes comentários “vibratórios”. Conheço-me como homossexual desde os 11 anos, pelo que já muitos homens me passaram pelas mãos nestes últimos 30 anos. Até hoje, acreditem ou não, posso assegurar-lhes que o tamanho do pénis dos meus parceiros nunca foi um critério a ter em conta nem tal constituiu um factor relevante para o que quer que fosse. Aspectos como a paixão e o amor, o envolvimento emocional ou sentimental ou ainda a atracção física ou intelectual, têm pesado muito mais do que a anatomia das sardas. E eu já contactei com sardas de todos os tamanhos, das assustadoramente gigantescas às aterradoramente microscópicas. No entanto, todas elas estiveram à altura das necessidades. Tenho um amigo do Norte que possui uma sarda XXL verdadeiramente fora do comum. Posso assegurar-lhes que é muito menos feliz com o que tem do que muitos que estão mais próximos da média. Raramente consegue encontrar alguém capaz de aguentar aquilo e a relação que mantém com o seu namorado reduz-se, em termos sexuais, a uma muito limitada prática de sexo oral. Por outro lado, posso desde já deixar bem claro que a natureza não me prejudicou muito, pelo que me encontro plenamente satisfeito com o que me foi dado. Tudo isto porque, tendo eu recebido uma dedicatória tão amorosa, que não encerrava nenhum preconceito nem nenhum estereótipo, achei por bem devolver à procedência a respectiva encomenda, na certeza de que ela será muito mais proveitosa à remetente original. E é por isso mesmo que me vou socorrer da Antropologia, a mais bela das Ciências.
Conhecem, certamente, a Teoria da Evolução das Espécies apresentada por Darwin. Segundo esse grande revolucionário, a Evolução das Espécies ocorre, ao longo de milhões de anos, através de um processo designado por Selecção Natural, processo esse que resulta tanto do Acaso quanto da Necessidade, conduzindo à sobrevivência dos mais adaptados às condições de sobrevivência num determinado meio ambiente. Assim, os mais aptos, os mais fortes ou os mais adaptados às condições do seu habitat, são aqueles que mais facilmente sobrevivem, mais facilmente se reproduzem e mais facilmente transmitem as suas características genéticas às gerações vindouras.
O que muitos não sabem é que Darwin (tal como Lamarck) falou também de um outro processo que influencia a evolução das espécies: a Selecção Artificial. Enquanto a Selecção Natural é extremamente lenta e resulta essencialmente do cruzamento aleatório de imensas variáveis e condições ambientais, onde o acaso e a necessidade jogam permanentemente aos dados, a Selecção Artificial é muito mais rápida porque depende essencialmente da necessidade humana. Os exemplos mais flagrantes da Selecção de Espécies, através do processo de Selecção Artificial, são os que dizem respeito às espécies vegetais e animais domesticadas pelo Homem, ao longo dos últimos milhares de anos: cereais, leguminosas, árvores de fruto, gado e animais domésticos ou de competição, entre outras espécies, cujas características genéticas foram apuradas no sentido de se obterem resultados específicos e ajustados às necessidades humanas.
Mudando ligeiramente de assunto, não sei se sabem mas, se compararmos a massa corporal dos Primatas, através do peso, da altura e das proporções corporais, verifica-se que, estranhamente, o Homo Sapiens possui um pénis anormalmente desproporcionado em relação aos restantes Primatas (Chimpanzés, Gorilas, Orangotangos, Babuínos, Macacos…). Quer em termos absolutos, quer em termos relativos, o pénis humano é significativamente maior, em comprimento e circunferência, do que a genitália dos restantes Primatas. De facto, o tamanho médio do pénis humano mede, aproximadamente, 15 cm, com um desvio-padrão de 2.1 cm, enquanto a média dos Gorilas (que são bem mais corpulentos que o homem) é de 3 cm, os Orangotangos ficam-se pelos 4 cm e a média dos chimpanzés é de 8 cm. Se considerássemos as proporções corporais do Gorila e do Homo Sapiens, o pénis humano teria, na melhor das hipóteses, uns meros 2 cm.
Estamos, portanto, perante um facto inusitado que não pode deixar de nos surpreender e com o qual não podemos deixar de legitimamente nos interrogarmos. É pois com toda a naturalidade que temos de nos confrontar com a necessidade de encontrar uma resposta científica para tão inusitadas diferenças já que, na origem, os Primatas possuem um antepassado comum. Quais as razões ou as causas para tamanha discrepância quanto à genitália masculina do Homo Sapiens? A resposta, ainda que especulativa, tem sido alvo de várias teorias. Eu também tenho a minha e, curiosamente, depois de fazer algumas pesquisas na internet, descobri que esta minha teoria tem suporte científico validado. Esta teoria desenvolvi-a após uma recente dedicatória que me foi endereçada e, ao fazer pesquisas adicionais, verifiquei que existe literatura científica que a corrobora.
Julgo que, nesta matéria, estamos perante o resultado de um processo de Selecção que poderá ter muito de Natural mas que terá ainda mais de Artificial. É óbvio que a natureza fez das suas, quer ao nível do Acaso, quer ao nível da Necessidade. Mas é evidente, também, que estamos perante um caso de Selecção Artificial, conduzido século após século, milénio após milénio, processo esse que conduziu a esta situação do homem possuir uma sarda anormalmente grande.
Quando os nossos antepassados de há cerca de 1.5 milhões de anos atrás alcançaram a erecção (não, seus cretinos, não é essa que estão a pensar, refiro-me à postura erecta), muitas coisas se alteraram no rumo da evolução dos hominídeos. O Homo Erectus, que possuiu uma capacidade craniana variável entre 750 e 1250 cm cúbicos, ganhou cerca de 50% de massa encefálica face ao seu antepassado Homo Habilis. Com a postura erecta, para além da maior encefalização e da importantíssima oposição do polegar, desenvolveu-se uma progressiva capacidade para a recorrência ao uso de instrumentos. Mas, uma das transformações mais significativas, para esses nossos antepassados, decorre do facto de se ter alterado a visualização dos outros membros da espécie e também da postura da cópula, que passou a ser frontal, enquanto a maior parte dos restantes Primatas ainda mantém a tradicional postura da cópula traseira. Desta forma, a genitália do Homo Erectus ganhou uma outra visibilidade e uma outra relevância. Numa altura em que a lógica do acasalamento ainda não era marcada por rituais culturais e onde o instinto animal ainda se encontrava presente em toda a sua força, é perfeitamente natural que existisse uma associação natural entre a dimensão dos órgãos sexuais masculinos e a sua virilidade.
Como bem sabemos, uma criança em idade infantil encontra-se longe de possuir um desenvolvimento intelectual pleno. Nessa fase, qualquer criança acha natural que possuir seis brinquedos é bem melhor do que ter apenas dois. Que é melhor ter duas casas do que apenas uma ou que ter três carros é melhor do que ter apenas um. Nessa idade, a qualidade ainda não é significativamente valorizada. Atribui-se uma grande importância à quantidade e essa é, aliás, uma das características mais perenes que acompanha a maior parte dos seres humanos ao longo da vida. Por isso, quando os nossos antepassados alcançaram a postura erecta, é natural que, entre outros factores, o tamanho da genitália masculina fosse um atributo a ter em conta, por parte das nossas antepassadas, na hora de escolherem os seus parceiros sexuais. Assim, para as fêmeas, é provável que 10 cm fossem sexualmente mais "apetecíveis" do que 6 cm, ou que fossem preferíveis 15 cm de sarda a uns meros 8 cm. O critério da quantidade foi suficientemente forte para que um inconsciente mas poderosíssimo processo de Selecção Articicial ocorresse.
Assim, geração após geração, século após século, milénio após milénio, um trabalho aturado de Selecção Artificial esteve em marcha, ainda que marcado pela aleatoriedade e por muitos outros factores. Se, ao longo dos últimos 1.5 milhões de anos, geração após geração, as mulheres registaram uma, ainda que ligeira, tendência para seleccionar os seus parceiros em função do tamanho do pénis, tendendo a dar uma preferência estatisticamente relevante aos homens mais dotados, verifica-se que estamos perante um evidente processo de Selecção Artificial, que coloca o Homo Sapiens na situação de ser actualmente o mais dotado, em termos sexuais, entre todos os Primatas.
Obviamente, este processo ter-se-á dado de forma bastante lenta e não se verificou com a mesma acuidade para todas as comunidades de hominídeos. No entanto, sabemos que, apesar da nossa grande diversidade cultural e étnica, toda a Espécie Humana actual descende de um número bastante reduzido de antepassados comuns. Enquanto a Natureza imperou sobre a Consciência, o Saber e a Cultura, é natural que o acasalamento fosse marcado por lógicas de selecção que também tinham em conta a dimensão dos órgãos sexuais masculinos. A inteligência humana poderia não ser significativamente grande, mas é perfeitamente natural que a um maior tamanho genital se associasse uma maior virilidade e, como tal, se desse uma maior preferência aos machos mais dotados.
Depois, quando a Cultura e o Saber alcançaram a sua plenitude no Homo Sapiens, é natural que esta crença se tenha mantido, mesmo que alterada pelas especificidades culturais de cada sociedade humana. Como bem sabemos, os actuais rituais de acasalamento humano não dependem essencialmente desses factores, até porque o vestuário coloca entraves significativos à reprodução do processo de Selecção Artificial anteriormente descrito. No entanto, sabemos bem que a questão do tamanho está longe de estar afastada das preocupações, quer das mulheres, quer dos homens. Quando um grupo de mulheres jovens se reúne, é natural discutir-se o tamanho dos órgãos sexuais masculinos. Que venha a primeira mulher que, nesta matéria, possa atirar a primeira pedra, dizendo que jamais pensou ou discutiu estes assuntos. E, entre homens, a questão não é menos relevante. Já vi homens sofrerem por terem órgãos demasiado grandes ou demasiado pequenos.
Podemos fingir que o tamanho da genitália masculina não faz parte das preocupações da Humanidade, mas todas as evidências nos indicam o contrário. Assim como reproduzimos a Língua e a Cultura dos nossos pais e dos nossos avós, também reproduzimos toda uma série de processos mentais profundamente enraizados ao longo de centenas de milhares de anos.
Poderão existir outras explicações para o facto da genitália masculina do Homo Sapiens ser anormalmente grande. Mas tudo indica que a explicação mais lógica aponte no sentido de um processo de Selecção Artificial levado a cabo pelas mulheres. Esta explicação, entenda-se desde já, não tem nada de sexista ou de machista, posições que estou muito longe de subscrever. Trata-se de uma explicação que, julgo eu, as próprias mulheres entenderão como perfeitamente lógica, aceitável e justificável. Esta teoria não encerra nenhuma crítica, nenhum juízo de valor e muito menos nenhuma desconsideração. Limitei-me a constatar um facto e a racionalizar, em torno dele, uma explicação possível.
Termino, pois, agradecendo carinhosamente a dedicatória que me foi dirigida, devolvendo à procedência a encomenda que me foi endereçada, com a indicação de que o destinatário, apesar de ser gay, está muito longe de ser mulher. Por isso, querida E-ko, guarde o Catálogo de Sardas XXL para si e faça um bom proveito dele, ok? Antropologicamente, é capaz de lhe fazer mais falta a si do que a mim. E, por favor, não fique irritada com a devolução da encomenda. Afinal de contas, para humor, humor e meio!
Nota final: Esta é a segunda versão de um texto escrito anteriormente mas que os mistérios informáticos me obrigaram a repetir. Já era para ter sido publicado há uns dois ou três dias atrás, não fosse o “azar” de ter perdido misteriosamente o acesso ao ficheiro. Lamentavelmente, perdi também duas intervenções sobre o Antiamericanismo, que ainda não recuperei. Vamos lá a ver se a memória consegue repor o que a Informática levou.

16 comentários:

quink644 disse...

Este texto é a prova de que o seu autor anda a perder o seu tempo com coisas que não interessam a ninguém... Com uma erudição, inteligência e uma escrita brilhantes, que já conhecíamos, aqui está um belo post com algumas teorias bem interessantes, apesar de não concordar, pelo menos inteiramente, com elas...
Não penso que, nos alvores da humanidade, os futuros candidatos a homens estivessem preocupados com outra coisa que não fosse a sua sobrevivência; daí não ser mais atraente o macho com o pénis maior mas, possivelmente, o mais forte o que nem sempre é sinónimo de pénis maior, nem de massa e força corporal mais efectiva. Temos que considerar o aspecto que o Paulo propõe como um factor, mas apenas como mais um de um desenvolvimento num determinado sentido porém, estou certo, que se o tamanho do pénis fosse o motivo principal da escolha de parceiros, não estaríamos aqui hoje a falar... Mas é muito interessante essa perspectiva e, se aliada à questão da sexualidade como factor de diferenciação humana, a par por exemplo da razão, torna-se ainda mais interessante.
Muito bem...

Paulo Pedroso disse...

Caro Quink,

Como eu referi no texto, o critério do tamanho foi apenas um, entre outros, e, ainda assim, dependente de muita aleatoriedade e de outros factores.

Eu não disse que o tamanho era o principal critério de selecção. Disse que também era um critério. E, desde que esse critério se tenha reproduzido ao longo de milénios, é natural que tenha acabado por surtir algum efeito.

É claro que hoje, o critério não é esse (pelo menos não é o critério essencial). E é claro que hoje, o tamanho de um pénis não nos diz se estamos perante um homem mais forte ou mais viril que outro menos dotado. Mas, no passado, quando os membros das comunidades de hominídeos estavam em desvantagem numérica face às mulheres (já que os homens estavam mais sujeitos às vicissitudes da caça, por exemplo, e, como tal, sujeitos a uma maior mortalidade), poder-se-á ter dado este processo.

Já agora, não posso deixar de recordar como algumas das minhas colegas do secundário me confidenciaram as suas fantasias de fazer amor com homens de cor, apenas por causa do estereótipo de que eles são mais dotados do que os brancos.

Para ser sincero, também já conheci alguns homossexuais que pensam da mesma forma. Portanto, como digo, o tamanho parece que ainda conta para muita gente, à Esquerda e à Direita... ooops, perdão, queria eu dizer, entre homens e mulheres. LOL

:-))

e-ko disse...

como já disse e muito bem tudo o que disse o quik644, mais um post sem grande interesse e onde dispende muita energia e tempo com coisas que não interessam a ninguém, e, uma prova de que não percebeu o que eu queria dizer com o referido livro que não é propriamente um catálogo.

deve reconhecer, no entanto, que tenho sido uma fonte de inspiração para o que tem escrito por aqui nestes últimos tempos. a sua adrenalina tem subido a níveis elevadíssimos o que o ajuda a escrever com grande eloquência, de forma um tanto disparatada e sobre assuntos totalmente inúteis inúteis, que apenas se prendem com o facto de querer servir frio o seu prato de vingança...

pois, sobre o livro da tachen, está redondamente enganado. era só para lhe dizer que nas querelas em que se meteu comigo mais parecia um concurso para ver quem tinha o pénis mais longo e bem acrescentei na legenda "sem pénis nem inveja" e portanto não estava nessa de querer provar fosse o que fosse... e continuo na mesma posição, mas ao que parece o Paulo continua a querer provar qualquer coisa... que é mais inteligente, mais democrático, menos tapadinho, com mais conhecimentos e mais qualificações, etc. etc.

só insegurança, meu caro! já sei, lá vai a adrenalina subir ao rubro!!!!

e, já agora, não vale a pena enviar-me convites para voltar, não me agrada a sua perversa conduta comigo, que mais parece a de uma bicha incomodada com a concorrência de uma mulher, e não gosto da forma como aproveita a sua adrenalina!!!!

quink644 disse...

Não discordo disso... Será, porventura, um aspecto entre muitos... Porém, a sobrevivência é que é a essência da teoria de Darwin, e quando refiro as diferenças conjunturais quero dizer que um tipo muito forte pode ter um pénis muito pequeno e vice-versa e, mais ainda, os líderes, normalmente, não são os mais dotados fisicamente mas os que oferecem, ou parecem oferecer, melhores capacidades de êxito...
Quanto aos nossos tempos, parece-me irrelevante, o tamanho das coisas pouco interessa e depende dos gostos... eu, por exemplo, não gosto de mulheres com os seios grandes nem muito fartas de carnes as quais, por vezes, fazem os sonhos de muitos amigos meus... Cada um gosta do que gosta e se não gostar o que falta para aí é gente...
Vês os meus pontos de vistas?
vou-te mail'ar

Paulo Pedroso disse...

LOL LOL LOL

Qual adrenalina, qual quê!

Acho que está a precisar de ler melhor o comentário do Quink. Assim, sem querer puxar a brasa à minha sardinha, seria conveniente que lesse mais do que a primeira frase dele. Talvez não tivesse tirado conclusões precipitaas sobre o que ele escreveu.

Não precisava de explicar que o loivro não é um catálogo. Eu é que decidi batizá-lo assim, a modos que humoristicamente. Parece que não sou só eu que ando com dificuldades de entendimento.

A sua inspiração, se decorre de alguma coisa, é apenas do facto de a menina querer cercear a minha liberdade de expressão. Como bem sabe, eu nunca lhe disse que era intolerável a E-ko defender esta ou aquela ideia, pessoa ou política. Já o mesmo não podemos dizer de si, não é? Por isso, minha cara, aprenda uma coisa definitivamente: quer goste, quer não goste, a minha liberdade de expressão ninguém ma tira. Se a menina decidiu passar anos no BM e nunca se sentiu incomodada com imagens de doentes em sofrimento, porque é que foi um abuso eu publicar imagens do Huang?
E se muita mais gente fez todo o tipo de apologia plítica no BM, e a E-ko nunca se manifestou contra, porque é que não era aceitável a minha liberdade de expressão de elogiar Portas?

Adrenalina, querida? Não! Luto pelos mesmos direitos que reivindica para si. Os direitos que quer para si, mas que não quer conceder aos outros.

Querida, o prato frio já estava mentalmente preparado há mais de uma semana. Só uma ida ao Porto e a perda do ficheiro original atrasaram esta publicação. Como lhe disse, não se irrite. Afinal de contas, se a sua dedicatória tinha um sentido humorístico, esta, não sendo necessariamente humorística, tem um sentido lógico bem preciso e justificável.

Querida E-ko, como bem sabe, dificilmente a menina poderia entrar numa competição comigo para ver quem tem o pénis mais longo. Já deve ter visto que, nessas matérias, não me posso queixar. Não vejo, portanto, a que propósito andaria aqui a ver quem o tem mais comprido. Essa, desculpe que lhe diga, é uma leitura demasiado primária que não se encontra dentro dos limites das esferas que frequento.

Não quero provar nada, querida. Respondo-lhe com o que tenho à mão e mais não posso dar. Entendeu?

Não tenho nenhuma dúvida que sou mais democrático do que você. Eu, pelo menos, nunca disse a ninguém que era inaceitável defender esta ou aquela política. Eu, ao contrário de si, ainda valorizo o conceito de Democracia.

Essa da insegurança, querida, é só para rir. Só cá faltava a típica leitura de que um homem, perante uma mulher, fica inseguro.
LOL LOL LOL

Querida, já ficou bem demonstrado, perante todos, que foi a menina quem seguiu uma perversa conduta:
- foi a menina quem abriu as hostilidades começando a desconsiderar-me pessoalmente sem que eu lhe tivesse feito algo do género;
- foi a menina quem recorreu à hipocrisia de criticar duramente posts meus, iguais a tantos outros no BM, que nunca fizeram que abrisse a boca para reclamar;
- foi a menina que achou que tinha o direito de falar abertamente do que entendesse e achou que era intolerável eu falar do CDS.

Conduta perversa, querida? Quer mas exemplos do que a sua conduta perversa, a começar pelo facto de pretender ter mais direitos que os outros?

"Mais parece uma bicha incomodada com a concorrência de uma mulher"?
Desculpe, mas esta é a sua proposta para anedota do ano no BM?

Paulo Pedroso disse...

Claro que sim, caro Quink!

Nos tempos que correm, os tamanhos estão submergidos por muitos outros factores. A sexualidade humana tornou-se bastante mais complexa e diversificada, nos nossos tempos, do que o era há alguns milhares de anos atrás e ainda mais do que há 1 milhão de anos atrás.

Essa questão do tamanho dos seios femininos, que pode ser esticada ao tamanho de muitas outras coisas, desde as mãos aos pés, dos olhos aos cabelos, das nádegas ao pescoço, tem muito de cultural.

É certo que todos nós temos tendência para formar os nossos próprios gostos e atracções. Mas também é certo que a Cultura marca significativamente as nossas escolhas. Há comunidades africanas onde a beleza é associada à gordura e a fealdade à magreza, isto é, completamente o oposto das actuais modas ocidentais. Chegam a existir por lá clínicas destinadas a promover o aumento do peso das mulheres, de forma a torná-las mais belas, de acordo com os padrões culturais aí vigentes.

De igual forma, na Europa setecentista, mais facilmente se associava a beleza a uma pessoa gordinha do que a uma pessoa magra. Tudo porque isso era sinal de boa saúde, num tempo em que a magreza significava, quase certamente, falta de alimentação, pobreza e ausência de saúde.

Um outro exemplo extremamente eficaz para percebermos a importância da Cultura na construção de padrões de beleza, tem a ver com a cor da pele. Até ao século XX, a beleza era associada à pele branca, destituída de qualquer traço da influência do sol. Uma pele morena era imediatamente associada ao trabalho ao ar livre e, como tal, tida como socialmente pouco dignificante.

:-))

Paulo Pedroso disse...

Ah, já me esquecia, cara E-ko, de um pequeno pormenor.

É que, na sequência dos seus recorrentes comentários "vibratórios", queria que eu entendesse a sua dedicatória como se de uma competição de tamanhos se tratasse?

Sim, tem toda a razão. Se houvesse aqui alguém com quem eu andasse a ver essas coisas era mesmo a menina que eu ia escolher como "adversária".

Paulo Pedroso disse...

Ah, muito importante!

Como já disse anteriormente, a menina está longe, muito longe mesmo, do meu centro de gravidade.

Este foi último post a si dedicado ou por si motivado, post esse ue só foi publicado porque já tinha tido demasiado trabalho para o prepaar e não qeria deixar de o apresentar.

Agora, quer queira, quer não, vou continuar a exercer a minha liberdade de expressão, segundo as minhas motivações, interesses e perspectivas. Seja ou não seja aceitável para si, o que quer que eu escreva não vai depender do que a menina goste ou deteste.

Lamento profundamente que o conceito de Democracia de certas pssoas seja o de acharem que podem falar do que lhes apetece, como lhes apetece, e depois quererem amordaçar aqueles que pensam de forma distinta.

Não se preocupe E-ko, que nunca fui eu que a expus ao ridículo. Foi sempre a menina, mais os seus tiques totalitários.

quink644 disse...

Paulo, totalmente de acordo quanto aos seus pontos de vista, conceda-me o crédito de acreditar que conheço isso suficientemente bem...
O resto permanece como campo de estudo e é interessante... mesmo esta tendência que as pessoas têm se querem bronzear tem muito que selhe diga...
Devíamos falar mais sobre isso do que sobre outras coisas...
Um abraço

e-ko disse...

pois é, mas como já lhe disse o quink, os seus pressupostos são falsos, o que reforça a inutilidade do seu post supostamente cheio de teorias indiscutíveis e de sabedoria.

e a insegurança de que falo eu não é a insegurança que alguns representantes do sexo "forte" manifestam na presença do sexo "fraco", porque aí é conhecido que não é o seu problema, mas a insegurança que o leva a ser arrogante e a querer provar que é o mais inteligente e que não hesita a fazer acusações falsas para justificar as suas posições e opiniões, em vez de se dar ao trabalho em verificar os argumentos dos seus contraditores, e que toma como verdades absolutas o que apenas é a sua parcial opinião cheia de presunção e insuficientemente documentada.

Anarca disse...

Mas vocês são sempre assim?

Pintem um quadro, escrevam um poema ou plantem uma árvore...

Já olharam hoje para o Céu?...

Paulo Pedroso disse...

E-ko,

"Como já me disse o quink, os meus pressupostos são falsos"?
LOL Só a menina deve ter percebido isso! Por acaso, só por acaso, sabe ler com atenção?


"inutilidade do seu post supostamente cheio de teorias indiscutíveis e de sabedoria."
LOL, Querida! Então é inútil porquê? E onde é que eu digo que o meu post está cheio de teorias indiscutíveis e de sabedoria?
Fui eu que disse que isto era indiscutível? Onde? Ou é a menina que está a concluir isso a partir das suas mirabolantes visões? Mas, querida, se eu até digo que há outros factores a ter em conta, para além dos que apresentei... A menina anda muito distraída, não anda?


"a insegurança que o leva a ser arrogante e a querer provar que é o mais inteligente..."
Esta, querida, merece um LOL LOL LOL elevado a 15ª potência!

"que apenas é a sua parcial opinião cheia de presunção e insuficientemente documentada".
Uma verdadeira pérola, vinda de quem criticou textos do PNUD só porque fui eu a publicá-los. Como bem sabemos, a E-ko tem sido capaz de discutir factos e argumentos... em vez das pessoas.

Aliás, presumo que foi por a menina ser capaz de discutir argumentos, que passou a considerar-me um megalómano delirante e um extremista fundamentalista. Como se vê, tudo argumentos de peso.

Paulo Pedroso disse...

Por acaso, Anarca,

Hoje ainda não fiz nada disso!

Nem sequer olhar para o céu!

:-))

Anónimo disse...

Olha que giro!
Eu também já fiz esta habilidade várias vezes.
O Paulo Pedroso é manhoso!
Amanda dois comentários dos seus dois nicks ao mesmissimo tempo que é para provar que ele e o anarca são entes diferentes e dissipar as dúvidas que eu instalei aqui....
LOL

A receita é simples mas eficaz. Dois browsers diferentes, dois logins, escreve-se os textos e hop! clica-se num faz-se logout rápido, rápido, vai um login no outro com outro nome, et voilá!!!!
Desta vez saíram-lhe com um minuto de diferença. Tens de ser mais rápido para a próxima, pá!
Mas não faças isso muitas vezes que será pior a emenda que o soneto..


O paulo Pedroso tem o isperto nu cabeça!

Anónimo disse...

Ó pra mim aqui com dois comentários à mesma hora!
Eu tambem tenho o ispertu nu cabéça!

Paulo Pedroso disse...

Gosto de te ver tão entusiasmado, coisinha fofa!

Continua a perder o teu tempo com parvoíces dessas que eu vou-te dar tanta importância como nada.

Força!