sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ainda e sempre os mísseis…






Ao analisar-se este tipo de notícias e de argumentos cremos que, para o fazermos com algum rigor, é necessária a presença ao nosso lado de um mapa da região. Ora, efectivamente, a Rússia tem razão, já que não existem a leste o que se possa designar por estados párias, mas tão só a Bielorrússia, a Ucrânia e a Rússia… Nessa medida, a Turquia, a Grécia e a Itália estão numa posição muito mais privilegiada e até exposta do que propriamente a República Checa e a Polónia, em que não se vislumbra, para o efeito, qualquer interesse e, aliás, se o houvesse, este já teria sido divulgado e explicado, o que em bom rigor não seria preciso porque facilmente se perceberia.
O que leva, pois, os EUA a quererem colocar um escudo anti-míssil tão a Norte é, para além da pressão do seu lobby armamentista, de facto, um retrocesso no processo de desanuviamento iniciado com a queda do muro de Berlim, mas e porquê? Qual o interesse de semear radares e anti-mísseis pela Europa de Leste? Obviamente que directamente penso que nenhum, mas, se voltarmos a olhar para o mapa, reparamos que a Rússia, se quiser responder ao guarnecimento militar desses dois países, terá que a perder a Sul, nos territórios entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, onde nunca deixou de ter problemas e que é uma zona de grande interesse para os EUA já que é a zona mais importante para o controle da rota do petróleo do Mar Cáspio.
Portanto, parece-me que temos aqui um gato escondido, com o rabo de fora…



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