tag:blogger.com,1999:blog-1703602641328847221.post9176795864141162742..comments2023-04-16T12:01:51.858+01:00Comments on The Braganza Mothers: Escutas: Via email (gratias, Moriae)Licenciadahttp://www.blogger.com/profile/07357471031820970094noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-1703602641328847221.post-12070938273395766472008-07-09T14:02:00.000+01:002008-07-09T14:02:00.000+01:00A informação é um recurso deveras interessante. Ao...A informação é um recurso deveras interessante. Ao invés de outros, existe em quantidades ilimitadas. Mas, tal como os diamantes que são apenas pedras, o segredo reside na sua triagem.<BR/><BR/>A quantificação e qualificação deste precioso néctar é sempre feita de forma subjectiva de acordo com os interesses que, em determinado local e espaço temporal, interessam. A informação apenas tem valor quando contextualizada. Se aparecer solta, desgarrada, é inútil. Vide a violência informativa que tem subjugado a humanidade, pelo menos a dita civilizada (um conceito, como entre tantos, completamente subjectivo), nos últimos 100 anos: a consciência social. Quem não pensa nos mais desfavorecidos (subjectivo), nas minorias (subjectivo) ou noutros rotulados de algo que ora não me ocorre, será de imediato rotulado de algo que não só me ocorre como não o desejo pronunciar por uma questão por pudor.<BR/><BR/>Mas, mesmo a informação, contextualizada, tem no mercado de valores incorpóreos um valor limitado. A exclusividade da sua posse, aliada aos estragos que poderão advir da sua publicação é que determinam o seu real valor. Mais do que aquilo que sabem a meu respeito, vale muito mais aquilo que eu penso que sabem. Ou imagino que sabem. Ou, como na maioria dos casos, o que fantasio que sabem.<BR/><BR/>O segredo da informação é o segredo. E se o segredo nada for, o segredo é conseguir manter em segredo esse facto. Este tipo de post apenas vem reforçar a ideia de que quem nos vigia de tudo é capaz e que a nossa vida está completamente devassada.<BR/><BR/>Não representando eu uma ameaça nem ao estado nem aos meus concidadãos, quem eventualmente me vigia e me escuta passa a saber que eu gosto de sexo com animais e de escatologia. Eu não sei se eles sabem. Eu sei que eles poderão vir a saber, mas nada, nem ninguém, até hoje, me deu a entender que mais alguém, além de mim próprio, saiba isso sobre mim. No dia em que souber, saberei, em compensação, algo bem mais nojento a respeito de quem sabe essas coisas sobre mim: que vivem no mundo mesquinho de andarem a espiar vidas alheias, qual velhote babado nas dunas da Fonte da Telha, com um par de binóculos a esgalhar um pedaço de carne que há muito deixou de responder a estímulos saudáveis.Textusahttps://www.blogger.com/profile/06160632687242190030noreply@blogger.com